O inglês Judd Trump, de 30 anos, número um da hierarquia e campeão mundial, conquistou este domingo o Open Mundial, 13.º título da sua carreira em provas de ranking, ao vencer o tailandês Thepchaiya Un-Nooh, de 34 anos, 22.º da tabela mundial, por 10-5, na final do torneio da época 2019/2020 da World Snooker, que neste dia se concluiu em Yushan, na China.
Segunda vitória da corrente temporada para o Ace in the Pack, de Bristol – depois do International Championship, também na China (10-3 a Shaun Murphy na final), que cimenta a liderança do ranking mundial após uma final em que Um-Nooh desiludiu de entrada e o inglês, de forma fácil e graças a erros ofensivos displicentes do tailandês (falhava embolsar bola e deixava jogo aberto para Judd limpar a mesa), carregou no acelerador logo de entrada, desde 1-1 até 7-1, praticamente sentenciando aí o encontro.
Mesmo em ritmo de treino e sem precisar de jogar por aí e além – a provar, em 15 frames, apenas uma centenária, de Judd, no 14.º, com 136 pontos, em cerca de quatro horas e meia de duelo (média de menos de 20 minutos/frame, bem rápido, como se previa, com dois dos jogadores mais rápidos e de ataque do circuito) - Trump só não foi para a segunda parte (sessão) a vencer por 8-1 graças a Un-Nooh vencer no desempate da respotted black a nona partida, com bola preta embolsada num buraco do meio a quatro tabelas, a atenuar para 2-7.
Mas o mal estava feito para o tailandês, com um início de jogo paupérrimo e fraco em demasia para a exigência da ocasião. Sem forçar, quase em ritmo de treino e sem pressão, Trump aproveitou, e, com entradas de 58, 96, 78, 90 e 85 pontos (nos segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto e oitavo parciais, respetivamente) disparou no marcador e selou vantagem.
No momento menos da final, Judd dispensava o brinde, inadmissível a este nível, de Thepchaiya lhe dar o sétimo parcial (1-6) ao falhar três vezes bola vermelha a ver uma delas. Inacreditável erro de principiante do asiático pouco rodado nestas andanças: ter de vencer numa só visita à mesa.
No reatamento, entrada de 64 pontos bastou para o inglês selar o 8-2 e ficar a dois da meta, ante um pavilhão vazio, uma constante toda a semana: os chineses podem ter patrocinadores para torneio, mas, como alertou Neil Robertson, a cobrarem «metade do salário médio de um chinês por um bilhete», toda a semana se viu em Yushan uma a duas pessoas na bancada. Lamentável. Deplorável.
A reação de Thepchaiya chegou a partir da 11.ª partida, ao reclamar três de rajada e atenuar até 5-8 – entradas de 80 e 56 pontos nos 12.º e 13.º parciais, respetivamente -, fazendo ainda franzir o sobrolho sobre se, após memoráveis recuperações ante David Gilbert nos quartos (de 2-4 para 5-4) e ante Kyren Wilson nas meias (de 1-5 para 6-5) conseguiria repetir ante o melhor jogador do planeta.
Reação de Trump foi à campeão: fechar o jogo, com centenária no 14.º parcial, para o 9-5, e entrada de 56 pontos no 15.º.. e 10-5. Vitória num torneio onde esteve por um cabelo diante de Joe Perry. Para Thepchaiya, a certeza de ter de ponderar melhor o posicionamento da branca e ser mais prudente no ataque, além de falta de consistência e solidez para chegar ao top 10. O seu jogo e precauções defensivas vão ter de subir, e muito, se quer vencer mais torneios depois do Shoot Out. Nesta final, defensivamente foi frágil e pagou pena inexperiência.
O Open Mundial (World Open), prova da época 2019/2020 da World Snooker pontuável para o ranking, distribuiu 772 mil libras (893,922 euros) de prémios, das quais 150 mil libras (173.690 euros) para Judd Trump, que sucede ao galês Mark Williams como campeão do torneio, e 75 mil libras (86.845 euros) para Thepchaiya Un-Nooh.
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